Em tempo de Dragão Vermelho - matri e patricidios , eis uma autora que entende da parada...espero adquir o livro brevemente - leitura de verão! AH! A festa foi muito legal - parabéns aos organizadores e bloggfuckerinos.
Folha de SP
:: Estados Unidos estão sob a mira de pelo menos 50 serial killers
Por Adriana Teixeira
Estimativas mais sombrias apontam para um total de 500 predadores humanos agindo no território dos EUA Filmes como O Silêncio dos Inocentes e Hannibal estão longe de ser apenas produtos da imaginação de seus diretores e roteiristas. Figuras sinistras como o protagonista destas produções cinematográficas, o doutor Hannibal "The Cannibal" Lecter, estão espalhadas pelo mundo inteiro. Só nos Estados Unidos, segundo o FBI (a polícia federal americana), há pelo menos 50 monstros em liberdade com hábitos muito semelhantes aos do canibal interpretado por Anthony Hoppinks. O número é bem conservador, considerando-se que, de acordo com as próprias autoridades americanas, cerca de 4 mil pessoas morrem nos EUA a cada ano nas mãos de serial killers, como são conhecidos esses predadores humanos. Há até quem especule que o total de assassinos em série em ação nos EUA chegue a 500. Uma coisa, porém, é certa: tais criminosos são capazes de tudo. Decepam membros de suas vítimas ainda vivas, retiram a pele para fazer roupas e comem e colecionam órgãos humanos, entre outras atrocidades.
De onde vem tanta barbárie? "A chamada terrível tríade parece estar presente na infância de todo serial killer: enurese (incontinência urinária) em idade avançada, destruição de propriedade alheia, freqüentemente com o uso de fogo, e sadismo com animais e outras crianças", explica a brasileira Ilana Casoy em seu livro Serial Killer, Louco ou Cruel?, lançado há poucas semanas pela Editora WVC (302 páginas, R$ 39), que descreve a sangrenta trajetória dos assassinos em série mais famosos do mundo. O isolamento familiar também é relatado pela maioria deles. "Quando uma criança é isolada ou deixada sozinha por longos períodos de tempo, com certa freqüência, a fantasia e os devaneios começam a ocupar o vazio da solidão", acrescenta Ilana. Grande parte ainda sofreu abusos na infância - sexuais, físicos, emocionais ou relacionados ao abandono. A falta de motivo para o crime é a principal característica do serial killer. "O crime é a própria fantasia do criminoso", diz Ilana. Seu objetivo é exercer domínio sobre a vítima. "Um dos meios de ele estabelecer o controle é degradar a vítima por longos períodos de tempo. Estudos revelam que a tortura pode durar de 36 a 94 minutos", acrescenta. Alguns, contudo, não se sentem no controle da situação até a vítima morrer. Por isso, eles a matam rapidamente e depois continuam o processo de domínio com a mutilação do corpo.
Ilana explica em seu livro que há quatro tipos de assassinos em série: visionário, missionário, emotivo e libertino. O primeiro, completamente insano, ouve vozes e as obedece. O segundo se sente na obrigação de livrar o mundo do que considera imoral. Geralmente, são aqueles que matam prostitutas e homossexuais. Os emotivos assassinam por pura diversão. E os libertinos matam por desejo sexual: mutilar e torturar lhes dão imenso prazer.
Autodestrutivo - As mulheres são minoria entre os assassinos em série, porque não se tornam predatórias ou agressivas quando sofrem abandono. Elas acabam tendo comportamento autodestrutivo. Também há poucos negros entre os serial killers. "Estudiosos afirmam que, quando sofrem algum tipo de abuso, eles são confortados por alguma figura feminina na família. Isto é típico da cultura negra", assinala a escritora.
Os assassinos em série são difíceis de ser reconhecidos. Geralmente, não têm cara de louco nem trejeitos estranhos. Ao contrário, são pessoas comuns, que têm empregos e podem ser bastante charmosas. "Todas as milhares de vítimas que caíram em suas armadilhas tinham quociente de inteligência normal, e certamente não achavam que estavam se colocando em situações de risco", diz Ilana. A polícia tem muitas dificuldades para prender esses assassinos. Isso porque eles geralmente escolhem vítimas como prostitutas, sem-teto e crianças abandonadas, cujos desaparecimentos demoram a ser notados.
Esses predadores têm cura? Não, na avaliação de Ilana. "Eles só param de matar quando são presos ou mortos. Mas existe uma equipe de médicos russos que trata de adolescentes com perfil de serial killers. Eles ajudam os jovens a controlar os impulsos. Trabalham escondidos da polícia."
"As vítimas são escolhidas ao acaso"