sábado, fevereiro 22, 2003

Para semana que vem, prometo novidades
pros fucckers de plantao.

E, lembrando, gracas a um auto-convite
estarei excepcionalmete nessa quarta-feira apresentando (?!)
e programando o Clube do Rock la na Colatina FM.
hehehehe

Eh isso que da conhecer gente influente.

SOU PUNK


AMANHECI DETERMINADO A MUDAR
AGORA VOU SER PUNK ATÉ APODRECER
APODRECER PRA INCOMODAR
COM MEU MAU CHEIRO EMPESTEANDO SEU JANTAR
EU SOU PUNK, NOJENTO, E MAIS,
EU QUERO É MATAR MINHA VOZINHA
BOTAR VENENO NA CERVEJA DO MEU PAI
NÃO ACREDITO MAIS EM NADA
VOU CUSPIR NA CARA DA EMPREGADA
EU SOU PUNK
NOJENTO, VULGAR, DEMAIS.



RAUL SEIXAS - 1983


E TEM PILANTRA CHORÃO POR AÍ QUE AINDA SE ACHA PUNK...
Tem gente no blogg falando demais. É lógico que os caras estão devendo - e muito - um disco decente já há muito tempo tempo, mas cuidado com a verborragia gratuita. Quantas bandas lançaram em sua história um, somente um, disco tão importantes quanto este aqui:



e pensar que tem gente aqui que nunca ouviu este "Master..." e mais os antológicos "Kill'Em All", "Ride The LIghtning" e "...And Justice For All".

De uma bandas desse quilate pode-se esperar tudo. Ou quase.

sexta-feira, fevereiro 21, 2003


Mais barbudos que nunca os Los Hermanos gravam seu esperado disco.

Acompanhe cada passo.
Jason Newsted desce o cacete (de novo) no Metallica. Leiam a seguir trecho da entrevista. Gosto muito do Metallica (ainda), mas infelizmente, o que Jason disse está coberto de razão e sentido.
Ah, ainda em tempo, Entombed Rulez!!!!

Bassist Jason Newsted (Voivod) had some “words” regarding his former band, Metallica, in a recent interview with Britain’s Rock Sound Magazine: "It's a joke, I think Metallica are just a joke. I don't think they have any idea. I am fan of Metallica again, I did my thing in there and felt good and I'm proud of that shit and I am more proud than sour. But that's the integrity down the fucking tube! Why can't they take out Strapping Young Lad, why can't they take out In Flames? What they are doing now is such an obvious cash thing and has nothing to do with the music that we're supposed to be fighting for. [Guitarist] Kirk [Hammett got quoted about their new record sounding like Entombed. How can it sound like Entombed, how? Who is playing bass to make it sound like Entombed? James [Hetfield] is a good bass player, but c'mon, dude! Lars [Ulrich] — he hasn't practiced enough drums over the years — he let his art fall away from him, he doesn't have the same finesse as he used to have, so how is it going to sound like Entombed and have that energy? And anyway if they are speaking like that how come they are not talking Entombed out on tour? Or Meshuggah — how came they are not staying true to their words? That's what really bothers me."


acima a polêmica (e censurada nos USA) capa de "Morning Star", último - e maravilhoso - álbum dos mestres do Entombed que o Metallica quer copiar...
ROCK POR ESTAS BANDAS?

Todo crítico musical que preza a sua atividade há de torcer pelo sucesso do cenário em que está inserido. Criar objeções por vaidade e buscar espaço em uma mídia qualquer por conta de uma ferocidade cega contra tudo que se apresenta em seu habitat acaba por levá-lo ao isolamento intelectual e ao suicídio profissional; com o fim de seu objeto de análise, qual a sua função? Por outro lado, o elogio fácil presta um desserviço enorme a quem faz música e dela vive. Uma crítica leniente há de fortalecer a indulgência e os valores frágeis - por que não dizer frouxos? -, seja no carinha testando seus primeiros acordes ou naquele sujeito que julga estar fazendo parte de alguma vanguarda. Essa postura é danosa mesmo a quem, dotado de genuíno talento, produz música que importe. Como exemplo, a nossa (?) MPB nadando em círculos cada vez mais fechados, mesquinha e sacal, muito disso se devendo a uma atitude de adulação tanto de uma imprensa preguiçosa quanto de um público pouco informado. Moral da história: falta porrada na moleira. Mas há de ter critérios claros o sujeito que empunha o bastão; a pedra de hoje a tornar-se a vidraça de amanhã, bláblábláblá... Feita a chatíssima e necessária intro, vamos cutucar a onça com uma vara mais do que curta.

Rock capixaba me faz pensar em futebol feminino, dois termos na mais pura contradição (não, não há aqui preconceito. Constatação, e só). Rock, música posta de lado, é atitude. Um moleque arranhando furiosamente seu violão pode ser mais rocker que quatro marmanjos + bateria + baixo + guitarras. Aqui está o ponto. Não se constrói um cenário roqueiro sem uma postura compatível com um gênero que nasceu a desafiar, de peito aberto e com senso de oportunidade ímpar, o Monstro Sist que é danado. Com raras e felicíssimas exceções, não se faz rock por estas bandas. Rock com cara e jeito de rock. De um lado, arrogância, de outro, insensibilidade e ausência de princípios. Impressionante como, a cada mesa de bar percorrida, gênios pronunciam as mais absurdas verdades. Simplicidade, minha gente, simplicidade. Recolham-se, olhem um pouco menos para os próprios umbigos, descubram que o mundo está além dos portões de suas casas e pequenos estúdios. Nada mais restando, desistam no tempo certo. Devemos, pois, sempre acreditar que pintará algo digno a fazer.
CANSANDO DE DEITAR AO SOL, FICANDO EM CASA PARA VER A CHUVA


Os chefões da indústria fonográfica brasileira - e o
termo indústria já diz tudo - estão a reclamar, descabelar-se, dar gritinhos
e chiliques por conta das baixas vendas de seus produtos. Culpam a recessão
econômica, a ausência de novos nomes de "peso", a pirataria crescente, a
internet, o alinhamento dos planetas, o Jader Barbalho e a barba aparada do
Lula; são tantas coisas, sei lá, entende? Significativamente, o ofensivo
preço final de tudo o que nos vendem sequer é citado em suas queixas. O
mesmo consumidor que adquire um aparelho de som com múltiplas funções por
menos de duzentos reais, percebe-se diante de uma promoção imperdível: um cd
(sim, um mísero cd) por vinte e cinco, trinta reais. Fabricado lá fora e
importado? Não, não mesmo. Como disse o inquieto Lobão: "Legítimo, só o
pirata. O resto é absolutamente McDonald's." Meus cumprimentos, velho lobo.
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É fato que a história de um gênero musical, com todo o
seu peso, leva a uma geração que dela se aproxima um imenso catálogo de
códigos comportamentais, rompimentos de costumes e fusões várias. Toda a
tradição gerada por décadas de atividades nos dá, a um mesmo tempo, um
caminho seguro a seguir e um conjunto de possibilidades. Curioso que boa
parte da dita juventude pensante e atuante de nosso país esteja a
divertir-se e a instruir-se somente com os velhos, surrados e cansados nomes
de sempre. "Resgate cultural", "valorização da autenticidade", "busca da
inocência perdida", dizem os despirocados. Bobagem. Dar ao passado a atenção
merecida de jeito algum impede que tenhamos corações e cabeças abertos para
o que ocorre hoje, logo ali, ao alcance de nosso interesse. Gente de quinze,
vinte, vinte e poucos anos falando de tempos bons que não voltam mais? As
décadas de 50, 60, 70 e 80 vistas como paraísos perdidos? Um pouco mais de
leitura, por favor.
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Poucas coisas são tão constrangedoras para quem ainda
usa um pouco de seu cérebro quanto o ato de assistir, ainda que por poucos
minutos, qualquer um dos programas de nossa fulgurante MTV. Ali encontramos
o aterrador resultado da soma de alguns dos piores males que nos assolam -
jovens apresentadores paulistas, cantores-atores risíveis, vídeos canhestros
e a triste música de sempre -, modernamente embalado: uma molecada a
enxergar o mundo como um parque de diversões, extensão de seus quartinhos
seguros e bem decorados. Nada que uma boa dose de VIDA não resolva.
JORGE, ANJO MARAVILHA 45



"Mas que nada" - "Chove chuva" - "Rosa, mas que nada" - "Cadê Tereza" - "A minha menina" - "País tropical" - "Take it easy my brother Charles" - "Que pena" - Charles, anjo 45" - "Que maravilha" - "Fio Maravilha" - "Taj Mahal" - "Os alquimistas estão chegando" - "Jorge de Capadócia" - "Xica da Silva" - "A Banda do Zé Pretinho" - "Cadê o penalty" - "Ive Brussel" - Waldomiro Pena" - "Salve simpatia" - "O dia em que o sol declarou seu amor pela Terra" - "Santa Clara clareou" - "Oé, oé faz o carro de boi na estrada" - "Engenho de Dentro." Desde a sua estréia em disco, com o surpreendente e espetacular "Samba Esquema Novo", em 1963, Jorge Ben (Jor) está a escrever com balanço e malandragem seu nome no seleto clube dos gênios da música popular brasileira, gente capaz de escrever canções de apreensão universal, cantaroladas e assobiadas por gerações e gerações. Sua peculiar forma de tocar o samba, fazendo uso da guitarra e de metais para
entrosá-lo com o soul e o rock, dando-lhe assim uma cadência toda própria, e sua incrível perspicácia para captar em versos personalíssimos (desafiadores da métrica e da razão) a poesia da vida que se projeta das ruas deste imenso subúrbio chamado Brasil, tornam suas criações obras únicas, aparentemente caóticas em sua construção harmônica, mas de uma fluidez ímpar. Ao vivo, Jorge revela as possibilidades e riquezas inexploradas de suas composições de modo cativante, avassalador. Ouro reinventado. Sua excessiva exposição no começo da década passada, mais que desgastá-lo, apresentou-o a um público carente de seu talento. Ainda que gaiatos diversos estejam a surrupiar parte de seus truques e fórmulas mágicas, Jorge segue firme, iluminado por coisas como "Charles, anjo 45/ protetor dos fracos e dos oprimidos/ Robin Hood dos morros/ rei da malandragem/ um homem de verdade/ com muita coragem/ só porque um dia/ Charles marcou bobeira/ e foi tirar sem querer férias em uma colônia penal/ os malandros otários/ deitaram na sopa/ e uma tremenda bagunça o nosso morro virou/ pois o morro que era o céu/ sem o nosso Charles
o inferno virou/ mas Deus é justo/ e verdadeiro/ mas antes de acabar as férias o nosso Charles vai voltar".Tudo embalado por melodias que, uma vez em contato com a tua alma, companheiro, vão marcá-la para todo o sempre. Gravado e reverenciado por uma turma que vai de Caetano, Gil, Gal e Mutantes aos manos dos Racionais, Jorge está, há muito, no topo do mundo. Vestido com as suas roupas e as suas armas, não tenho medo. Salve, Jorge.

quinta-feira, fevereiro 20, 2003

Saiu o segundo trailer do filme X-Men 2!!! Aparecem todos os personagens ... o Noturno ficou muito foda!! Para assistir é só clicar na figura!! Visitem o site oficial do filme, muito legal tb!! Abraço!

peço desculpas pela minha demora....
mas aqui está, para quem quiser, o disco novo do
White Stripes - Elephant

Para mostrar meu arrependimento pela demora,
coloquei também o The Jeevas - 1-2-3-4
que é a nova banda do Crispian Mills, ex-Kula Shaker.
pop purim, purim...

Ah, é só clicar nos nomes das bandas e voilá...
as páginas estão bonitas porque o Bonna deu aquela força...


Metallica anuncia título e confirma turnê

Confirmando o que já vinha sendo comentado há dois dias, o METALLICA anunciou que fará uma turnê pelos EUA a partir de 4 de julho, ao lado do LINKIN PARK e do LIMP BIZKIT, sendo que cada banda fará seu set na íntegra, e a abertura ficará por conta do DEFTONES e do MUDVAYNE.

Ao mesmo tempo, Hetfield & Cia anunciaram também o título do novo CD: "St. Anger", que vai ser lançado em 10 de junho. Desta forma, as três bandas estarão na prática divulgando seu novo trabalho, pois o LIMP BIZKIT deve lançar em maio seu novo álbum, intitulado "Lessismore", e o LINKIN PARK promete para março o também novo trabalho, chamado "Meteora".

p.s: Notem que o Mudvayne tá em todas!

ALEXI LAIHO FAZ JAM COM A BANDA HALFORD NO JAPÃO
O guitarrista Alexi Laiho (Children Of Bodom) se juntou à banda HALFORD no show em Sapporo, Japão para fazer uma versão de "Libing After Midnight" (Judas Priest), que acabou ficando com três guitarras! As duas bandas fizeram a turnê japonesa e o Children Of Bodom está em alta, visto que o novo CD do CHILDREN OF BODOM, "Hate Crew Deathroll", entrou na primeira posição dos charts na Finlândia!


OPETH GANHA GRAMMY SUECO
O OPETH ganhou o Grammy sueco na categoria "Best Hard Rock" pelo álbum "Deliverance". O evento ocorreu ontem (18/02), em Estocolmo.
Os outros indicados eram In Flames, Mustasch, Pathos e The Hellacopters.

quarta-feira, fevereiro 19, 2003

mais notícias do lado negro:


Detalhes sobre novo solo de guitarrista do Mr.Big
Este é o "Change", novo trabalho solo de Richie Kotzen (MR.BIG), a sair em 19 de março, que traz participações especiais de Billy Sheehan e Pat Torpey, e conta com as seguintes faixas: "Forever One"/ "Get A Life"/ "Change"/ "Dont Ask"/ "Deeper"/ "High"/ "Am I Dreamin"/ "Shine" (versão acústica)/ "Good For Me"/ "Fast Money Fast Cars"/ "Unity" (instrumental) e "Out Take".

Tracklist de novo trabalho de Marilyn Manson
Eis o tracklist do "The Golden Age Of Grotesque", novo álbum do MARILYN MANSON, a sair em 13 de maio: "Intro"/ "This Is The New Shit"/ "mOBSCENE"/ "Doll-Dagga Buzz-Buzz Ziggety-Zag"/ "Use Your Fist And Not Your Mouth"/ "The Golden Age Of Grotesque"/ "(s)AINT"/ "Ka-Boom Ka-Boom"/ "Slutgarden"/ "Spade"/ "Para-noir"/ "The Bright Young Things"/ "Better Of Two Evils"/ "Vodevil" e "Obsequy (The Death Of Art)". O primeiro single, "mOBSCENE", estará nas lojas em meados de abril.

Metallica vai lançar documentário sobre 'St.Anger'
Está sendo preparado um documentário sobre as sessões de gravação do "St.Anger", novo álbum do METALLICA, cuja direção está a cargo de Bruce Sinofsky e Joe Berlinger. Por hora não foi divulgado se o filme estará disponível em vídeo ou será exibido nos cinemas.


Veja capa de compilação de raridades do Fear Factory (18/02/03)

Esta é a capa do "Hatefiles", compilação de b-sides e remixes do FEAR FACTORY, a ser lançado em 8 de abril, trazendo as seguintes faixas: "Terminate"/ "Frequency"/ "Demolition Racer"/ "Machine Debaser"/ "Invisible Wounds " (The Suture Mix)/ "Edgecrusher" (Urban Assault Mix)/ "Descent" (Falling Deeper Mix)/ "Body Hammer" (Colin Richardson Mix)/ "Zero Signal" (Colin Richardson Mix)/ "Resurrection" (T.L.A. Big Rock Mix)/ "Cars" (Numanoid Mix)/ "Dark Bodies" (demo)/ "Replica" (ao vivo)/ "Cyberdyne"/ "Refueled"/ "Transgenic"/ "Manic Cure" e "New Breed" (Spoetnik Mix).






Só prá atualizar a galera:

Primus + Slipknot + System of a Down + Rammstein = MUDVAYNE

Procurem, pois é muito louco!


acima vemos um botão de rosa e um girassol em ação!!!!
DIMMU BORGIR ENTRE EM ESTÚDIO EM MARÇO
A banda Dimmu Borgir entra no estúdio Fredman em Gothemburg na Suecia no dia 3 de março para começar as gravações do novo álbum que será lançado mais para o final do ano. Segundo o guitarrista Silenoz, a banda já fez uma pre-produção e o material está soando matador. O álbum não tem título definido ainda e vale ressaltar que eles terão uma orquestra em estúdio para gravar algumas músicas. Algumas músicas definidas são as seguintes:
01. Allegiance
02. Cataclysm Children
03. Progenies of The Great Apocalypse
04. His Inexorable Excellency


IN FLAMES CONFIRMADO PARA O WACKEN E JÁ PENSA EM NOVO ÁLBUM.
A banda sueca In Flames foi confirmada recentemente para tocar no festival alemão Wacken Open Air. No momento a banda se encontra trabalhando no novo álbum que pretendem começar a gravar no meio do ano e mandaram a seguinte mensagem para a imprensa: "O material novo soa mais pesado e bem melhor do que nunca. No momento temos uma turnê com a banda Mudvayne e também a participação no Grammy sueco que será muito divertido por cauda da festa. Mais novidades em breve".


BAIXISTA DE OZZY OSBOURNE EM TURNÊ COM O BLACK LABEL SOCIETY
O baixista Robert Trujillo (Ozzy, ex-Suicidal Tendencies) irá participar da turnê do Black Label Society, banda liderada pelo guitarrista Zakk Wylde. Isso coloca um fim nos boatos que Trujillo estaria indo para o Metallica.

JON OLIVA COMO CONVIDADO ESPECIAL DE ZAK STEVENS
O Circle II Circle, nova banda do ex-vocalista do Savatage, Zak Stevens, contará com a participação especial de Jon Oliva (Savatage) no primeiro show na cidade de Tampa na Florida que acontece no dia 28/02. Oliva foi convidado também para aparecer com o Circle II Circle no festival da revista alemã Rock Hard que acontece nos dias 7 e 8 de junho.

ARCH ENEMY FINALIZANDO NOVO ÁLBUM
O baterista Daniel Erlandsson divulgou recentemente que a banda está na cidade de Ripley nos arredores de Nottingham na Inglaterra com o produtor Andy Sneap dando os toques finais no novo álbum da banda que deverá se chamar "Microwave That Curry". Daniel ainda disse que o álbum marca uma fase muito madura da banda, muitas músicas com groove e levadas de dois bumbos e melodias incríveis criadas pelo guitarrista Michael Amott.



Neil Young sabe tudo



"Suponho que poderia ter feito o álbum perfeito para quem gostava muito de Harvest. Um álbum em cheio. Mas teria sido algo que já todos esperavam. E, quando saísse, todos ficariam a pensar que me conheciam perfeitamente e então é que estava feito. Era o mesmo que arrumar-me a mim próprio na prateleira. O que acontece é que eu não sou essa figura solitária e esquecida com uma guitarra nas mãos. Já não sou assim. Não quero me sentir enclausurado na imagem que as pessoas fizeram de mim. Ninguém estava à espera de Time Fades Away, e não estou arrependido de o ter lançado. Não andava em busca de fama. Temos de estar sempre a mudar: de camisas, de mulheres, e tudo o mais. Prefiro estar permanentemente a mudar, embora perca público. Se é esse o preço, não me importo de pagá-lo. Estou andando para que a minha audiência seja de cem, ou de cem mil pessoas. É-me indiferente. Estou convencido de que aquilo que vende e aquilo que faço são duas coisas completamente diferentes. Quando as duas coincidem, é por mero acaso." Certo, certíssimo. Em entrevista da primeira metade da década de 70, Neil Young deixava clara a sua posição artística/mercadológica: o bom trabalho há de vender-se, e bem, pelas qualidades que apresenta. Se tal não acontece, paciência e bola pra frente, porque atrás vem uma gente espinhuda, com pressa e um bocado de barulho a fazer.
A MAIOR E MELHOR BANDA DE GARAGEM DO MUNDO - DE TODOS OS TEMPOS



Não tem para ninguém. Nem mesmo para Beatles, Led Zeppelin ou The Who. Os Stones permanecem, soterrados por quilos de rugas, os maiorais do pedaço. E não só do velho pedaço rock, já que a banda demonstra genialidade semelhante quando trata de blues, r&b e country. Tudo bem, os fabulosos de franjinhas (e depois de longas barbas) criaram e/ou estabeleceram regras duradouras para o mundo pop - discos acima de compactos, vídeos a serviço das canções, produtores como parceiros/compositores, conceito(s) norteando discos, bandas atuando, enfim, como algo além de um punhado de músicos reunidos etc, etc, etc -, mas o grupo de Jagger, Richards, Jones, Watts, Wyman, Taylor e Wood foi mais longe e mais fundo. Longe e fundo o bastante para encarar o risco de, quarentão - e milionário, milionário há um bom tempo -, cair no ridículo de tantos outros nomes que estão a tentar acender a velha chama. Não, eles não morreram jovens (Brian Jones, aos 27 anos, era o retrato do envelhecimento, cabeça e corpo exauridos ), camisas não circulam por shows com suas faces estampadas, fãs exaltados não debatem se o rei da cocada preta é Mick Jagger, Keith Richards ou Jesus Cristo. Em resumo, não há culto visível aos bons velhinhos. E isto é bom, muito bom. Permanecendo na longa e ventosa estrada, os Stones expõem as fragilidades de quatro caras não cansados de guerra, dispostos a fazer música em um meio cada vez mais infantilizado. Sim, hoje eles são parte de uma engrenagem que parece insaciável em sua busca do mais e do maior, e o desejo de vê-los novamente rolando por palcos menores é, de fato, irrealizável. Mas quem os viu e sentiu em suas duas passagens pelo Brasil, em 95 (antológica) e 98, sabe: é apenas uma bandinha de rock sujo e safado, tocando para multidões como se nunca tivesse saído dos clubezinhos empoeirados de sua velha Londres. Deixa sangrar, bicho, deixa sangrar...
Um teste para saber se vcs são rapidos mesmo!!... não entenderam... é só clicar aqui

terça-feira, fevereiro 18, 2003

Os anos 90 deram a senha para o que aconteceria na década seguinte: a inconsistência. Apesar de meu gosto pessoal priorizar as novidades, os crossovers e a quebra de conceitos, tenho que dar o braço a torcer aos que pregam que "nada barra os clássicos do rock", no que diz respeito ao próprio rock. Parem para pensar: pouquíssimas bandas que surgiram até dez anos atrás conseguem se manter com discos bons, lançando obras relevantes após seu terceiro trabalho - o ponto crítico de qualquer artista. Se a cena de Seattle é considerada o último suspiro de criatividade e qualidade coletivas no rock and roll, é fato que ela durou pouco, muito pouco, o suficiente para ter produzido carreiras tão boas quanto curtas - cadê Soundgarden, Alice In Chains, L7, etc.? Sobram talentos dispersos, sem preencherem qualquer cena específica. E sobraram também bandas que apelaram para o crossover total - aquele de que tanto gosto - uma tentativa de cruzar o rock and roll com estilos híbridos, uma busca pelo novo que, até agora, não tem rendido não mais do que três discos bons. A inconsistência acabou imperando. Aqui vão alguns exemplos que eu gostaria de citar como artistas inconsistentes, que padecem do mesmo mal dos anos 90/2000:



FILTER

Esta banda, na verdade um duo (Brian Liesegang e Richard Patrick) surgiu ao mundo em 1995 com uma proposta promissora: unir a sujeira grunge com a tecnologia do industrial - dois estilos foram marcantes na década passada. O álbum "Short Bus" é uma prova de estes dois gêneros poderiam andar de mãos dadas. Ótimos refrões, melancolia estampada, peso e melodia na medida certa, enfim, um grande disco. Passaram-se quatro anos até que um novo álbum surgiu: "Title of Record". Desta vez, Richard Patrick resolver dispensar seu parceiro, e formou uma banda de verdade. Há excelentes músicas neste disco - mais uma prova do quão bom melodista Richard é. Mas a própria sonoridade já não apresentava tantas inovações e aproximava-se dos tantos imitadores de NIN/Marylin Manson que surgem por aí. Eis que em 2002 eles voltam com um disco que mais parece...new metal!!! "Amalgamut" é até melhor do que a média dentro deste estilo, mas justamente por ter apelado à média, acabou tornando-se mediano - o próximo passo será medíocre?



KORN

Banda-símbolo da "grande praga do rock and roll atual". "Pais do monstro". Enfim, "criadores do new metal". O infame "rock pesado" que é praticado há mais de cinco anos nos EUA tem no Korn a a personificação da culpa. Alguns mais espertos logo contestarão o (de)mérito de criador, pois existiram Faith No More, Primus, Bad Brains e vários outros (excelentes) exemplos de que a mistura de metal+rap surgiu antes do nascimento da maioria de seus fãs atuais. Mas o new metal como ele é hoje, com vocais melancólicos misturados a raps, bases pesadas e balançadas, efeitos industriais e afinação baixa nas guitarras, e letras de cunho depressivo, foi o Korn quem pariu o filho desta maneira exata. Seu primeiro álbum, "Korn", lançado em 1994, é um marco, seja para o bem ou para o mal. Mas, particularmente, acho um discaço! Ouvi ecos de NIN, Pearl Jam, Primus e FNM aqui e ali, mas no geral era um som novo, uma mistura nova, para ser mais exato. O álbum seguinte, "Life Is A Peachy" seguiu-se mais pesado e soando como uma evolução mais anárquica do primeiro disco. Depois veio o razoável "Follow The Leader", que realçou o que eles tinham de pior, com vocais forçadamente tristes e paranóicos (esse cara não ouviu o Nivek Ogre corretamente...) e viagens excessivas no instrumental - uma versão anos 90 do exibicionismo puro de muitas bandas de hard rock dos 80. E depois...bem, depois surgiu a praga que se extende até hoje. "Sigam o líder"? Seguiram e tomaram-lhe a liderança. A merda predomina.



MARYLIN MANSON

Ele nasceu para provocar controvérsia. Controvérsia esta que acabou ficando mais forte do que seu som. Mas o que pouca gente sabe é que seu primeiro disco é uma explosiva fusão do melhor hard rock produzido nos anos 80 com o industrial caótico do NIN - não à tôa Trent Reznor produziu o disco. "Portrait of an American Family", de 1994, é uma pedrada com excelentes canções e energia transbordando. As letras já queriam chocar, mas o visual ainda não fazia uso de maquiagem. "Anti Christ Superstar" foi o disco que o colocou no cenário pop, com todo seu exagero cênico. Mas é um álbum arrasador, pesadíssimo, com ótimas canções, e que havia dado vários passos à frente - no seu próprio som, pois ainda estava à sombra do NIN. A imagem de anti-cristo ficou over e lá foi o esquisitão adotar a estética glam no som e no visual. "Mechanical Animals" ainda dá um gás. Mais psicodélico, com influências certeiras dos anos 80 - prevendo o hype que viria a seguir. E depois perdeu a graça. O diabão já não chocava mais. Sobraram bons discos para seus fãs, mas a proposta musical estava estagnada, e seu conceito já não incomodava tanto. Alguém aí ainda consegue se impressionar com o clipe de "Tainted Love", por exemplo?

Esta análise que fiz não tem como propósito de dar um caráter definitivo. Quero que vocês parem para pensar neste fato. É muito chato você ouvir aquele seu amigo tido como retrógrado afirmando que o som de hoje não presta. Mas a força das canções e dos álbuns, em sua maioria, produzidos atualmente, não produzem carreiras consistentes. Dei o exemplo de três bandas que representam muito bem a direção que o rock tomou nos últimos dez anos, que são as fusões com eletrônica e o hip-hop. Continuo defendendo a música eletrônica como grande catalizadora de bons momentos, qualidade e inovação após a "cena de Seattle". Mas também continuo a afirmar que rock e eletrônica são estilos distintos e que possuem seus universos particulares. E que a música eletrônica representa uma nova forma, uma mudança no conceito de como fazer música. O problema mora na inconsistência nos crossovers que o rock arriscou, e que já foram saudados como sua salvação. Se depender do qque aconteceu até então, o rock está perdido...
Sabiam que nosso editor chefe - ao centro - já teve uma banda junto do Emerson Fitpaldi? Pois é...
Olá fuckers...

Hoje meu POST não é sobre música, tão menos sobre hamburgers... vou fazer uma propagandazinha da CACHAÇA SEREINHA (até rimou, heheh).
Bom! Essa cachaça é fabricada pelo meu cunhado e eu tô fazendo a publicidade pra ele (eu fiz o SITE e agora eu estou divulgando).
Se você curte uma cachaça artesanal de qualidade, tenho certeza que vc irá gostar...


Informações e pedidos no site:


www.cachacasereinha.com.br


segunda-feira, fevereiro 17, 2003

Batera do Paralamas vai participar de álbum do Sepultura
João Barone, baterista do PARALAMAS DO SUCESSO, vai fazer uma participação especial na faixa "Urge", do novo álbum do SEPULTURA, ainda sem título nem data prevista de lançamento.
p.s: era só o que faltava...
Vai ter muita gente desse blog se jogando pela janela,
mas saca só a festa que vai rolar nessa semana em.... São Paulo.


NESTA SEXTA-FEIRA DIA 21
ESPECIAIS Bandas nacionais dos anos 80´S como:
Violeta de Outono-Cabine C-Plebe Rude-Capital Inicial-Legião Urbana-Uns e Outros-365-Ira-Inocentes....

E bandas de E.B.M desde os anos 80´S como:
Front 242-Tribantura-Bigod 20-Clock DVA-Skinny Puppy-Klinik-Neubauten-Vomito Negro-Signal Aout 42-Front Line Assembly-Calva & Nada-A Split Second-Nitzer Ebb....

E MAIS:
OS 20 MELHORES SONS GÓTICOS QUE SÃO HIT´S ATÉ HOJE,SÃO ELES:
MECANO – links
X-MAL DEUTSCHLAND – incubus sucubus
ALIEN SEX FIEND – i walk the line
THE SISTERS OF MERCY – first and last and always
THE CURE – charlotte sometimes
POESIE NOIRE – l´argent est un cadeau
DEATH IN JUNE – the calling
BAUHAUS – she´s in parties
THE MISSION – stay with me
SIOUXSIE AND THE BANSHEES – israel
GRAUZONE – eisbier
OPERA MULTI STEEL – catedral
CLAN OF XYMOX – louise
SILKE BISCHOFF – on the other side
CHRISTIAN DEATH – this is heresy
TRISOMIE 21 – breaking down
JOY DIVISION – love will tears us apart
MALARIA – your turn to run
CASSANDRA COMPLEX – penny century
COCTEAU TWINS – Ivo

SOILWORK DIVULGA NOME DO NOVO ÁLBUM
O Soilwork, grande revelação do Metal mundial em 2002, divulgou o nome do novo álbum: "Figure Number Five". O trabalho será lançado no dia 05 de maio nos Estados Unidos e dia 21 de abril na Europa via Nuclear Blast. O lançamento nacional deve ser na mesma época. O track list é o seguinte:

01. Rejection Role
02. Overload
03. Figure Number Five
04. Strangler
05. Light the Torch
06. Departure Plan
07. Cranking the Sirens
08. Brickwalker
09. The Mindmaker
10. Distortion Sleep
11. Downfall 24


BAY AREA THRASH FESTIVAL ACONTECE EM MARÇO
Dia 29 de março é a data confirmada para o Bay Area Thrash Festival que acontece na cidade de San Francisco nos Estados Unidos. O festival írá acontecer no Avalon Ballroom e já tem as seguintes bandas confirmadas: Halford, Testament, Death Angel, Vio-Lence, Exhumed, Cattle Decapitation e Impaled.

Simplesmente maravilhoso. Um chute na mesmice que assola o mercado fonográfico universal!

Comprem por favor!!!

domingo, fevereiro 16, 2003

FICA AQUI O TOQUE - "THE BLACK CROWES - LIVE" É AQUELE DISQUINHO QUE TE FAZ SOCAR O AR, BATER A CABEÇA INCESSANTEMENTE E PEDIR MAIS UMA DOSE, PLEASE. LANÇAMENTO QUE MARCA A DESPEDIDA DOS CARAS, FLAGRA A BANDA DOS IRMÃOS ROBINSON EM SUA TOUR DE 2001; "É SOMENTE ROCK AND ROLL", MANDA O VOCALISTA CHRIS AOS PRESENTES, SIMPLIFICANDO A RESPOSTA AOS QUE ATACAM A SUA MÚSICA SETENTISTA, FILHOTE GENTE FINA DE STONES, FACES & CIA. O SOM SAI DAS CAIXAS CHAPADO, ESPORRENTO, LIBERADO DE QUALQUER SAUDOSISMO BARATO, MALACO E SUINGADO. PRA DANÇAR COM A SUA MINA, GRITAR COM OS SEUS AMIGOS E APORRINHAR OS DESAFETOS. DESCE BEM COM UM JACK E UM CIGARRINHO ESPERTO. HORA DE PEGAR A VELHA E VENTOSA ESTRADA, IRMÃO...



O chamado
Americanos não gostam mesmo de assistir a filmes legendados ou dublados. Preferem eles mesmos produzir suas versões para histórias famosas no velho continente. Foi assim com Silêncio do Lago (The Vanishing), refilmagem de um filme holandês, e Nikita, originalmente em francês.
Não é de se estranhar, portanto, que um filme que já tem várias continuações em japonês seja bom candidato a remake.

O filme começa com uma conversa entre duas amigas, tal e qual muitos filmes de terror para adolescentes. Uma delas foi passar o fim de semana com o namorado nas montanhas, e acabam por assistir a uma fita de vídeo de conteúdo estranho. Após o final da fita, o telefone toca: alguém do outro lado avisa - Sete Dias! E sete dias depois, aqueles que assistiram ao filme morrem, de formas diversas. A tia de uma das vítimas se interessa pelo incidente e passa a buscar conexões entre as mortes, chegando à lenda por trás da fita, que amaldiçoa quem a veja. Como toda repórter incrédula, ela também assiste à fita, e recebe o telefonema. A partir daí, tenta decifrar uma suposta mensagem que o conteúdo da fita mostra, com a ajuda de um amigo.
Os ingredientes estão todos presentes: uma história de amor inconcluída, uma criança inocente que precisa ser salva, pessoas nada dispostas a colaborar com o que sabem, e a corrida contra o tempo.
Aos poucos, as peças do quebra-cabeça vão se encaixando, e o filme consegue o que propõe desde o início: muitos sustos e a manutenção do interesse no desenrolar da história. Não se tenta, em momento algum, explicar os acontecimentos, mas apenas relatar uma série de eventos a partir da exposição do material filmado. Para a sorte dos que têm coração fraco, não existem cenas explícitas de terror, sendo o suspense a aposta para conseguir atrair um público de QI um pouco mais elevado.
Existem falhas, não só na história, como também na atuação fraca da atriz principal, Naomi Watts. Mas o que se pode esperar de refilmagens hollywoodyanas? Apenas a continuação, que fica subentendida durante o filme e mais ainda no final (a Dreamworks já garantiu).
Vale ressaltar um trocadilho feito com o nome do filme, que se perde na tradução para o português. The Ring significa tanto O Anel como O Toque do Telefone (no caso, O Chamado), duas figuras importantes no filme, visto que na fita uma imagem recorrente é a de um anel brilhante, em fundo escuro.